dezembro 10, 2007

Pierrot e Colombina

(no Weblogger - o falecido - segunda-feira, 10 de dezembro de 2007)

My Diary:

O Pierrot sofre pelo amor jamais encontrado e não faz se não chorar por sua Colombina. Colombina esta que jamais percebeu que o pobre palhaço tristonho vendeu sua alma ao diabo, com a esperança de poder olhar seu rosto pelo resto dos seus dias solitários.
Cega Colombina... Cega! Que não pode ver o palhaço triste definhar durante anos até sumir!
Mas o que acontece quando é a Colombina que chora pelo amor do Pierrot?

E choro pelo meu Pierrot.



Humor da Semana:

10 erros do cinema nacional
(Lusa Silvestre)

1 - Mulher Pelada:
Hoje está todo mundo vestido. Isso vai contra a nossa cultura. O cinema nacional sempre mostrou a mulherada das novelas peladas, quase sempre antes das revistas masculinas. E melhor: em movimento.

2 - Cenas no meio da caatinga:
Quer coisa mais brazuca que um tiroteio entre cangaceiros e a poliça? O máximo que aparece hoje é a Fernanda Montenegro procurando gente no sertão pra entregar carta. Desarmada.

3 - Roteiros do Nélson Rodrigues:
Eram diversão garantida. Sempre histórias cabeludas, e trazendo mulheres loucas pra mostrar um peitinho pro primeiro primo disponível.

4 - Perseguições de Dodge e Opala:
As perseguições de Hollywood eram em San Francisco. As nossas, na 23 de maio. Agora, pra rever aqueles Dodjões cor de sopa de cenoura, só mesmo indo no pátio do Detran.

5 - Fotografia:
Bons tempos quando o filme parecia ter sido revelado num vidro de cândida. Atualmente, estão até retocando cor na pós produção. É o mesmo que tirar o verde da Amazônia.

6 - Palavrões:
Justiça seja feita: eles ainda são ouvidos. Mas sempre fazendo parte do contexto. Não pode: cinema nacional é palavrão gratuito. De preferência, fora de sincronia. Eu te amo, porra!

7 - Trilha Sonora:
Gilliard, Bartô Galeno, Magal, Perla, quanta gente boa já cantou nos nossos cinemas. Pra esses caras voltarem pra telona, só se a Marisa Monte regravar.

8 - Aberturas:
Cinema brasileiro é libertário, é revolução, é Glauber. É abertura de filme com cartolina e canetinha. Necas de computador, design, etc. Isso tudo é coisa de povo aculturado.

9 - Títulos dos Filmes:
Virou moda batizar um filme pensando na versão pro mercado americano. E por causa disso, perde-se todo o humor brasileiro. Como traduzir sutilezas de sentido dúbio como Baralho e Tênis?

10 - Lucélia Santos:
Cadê a Lucélia Santos, que tantas alegrias nos deu em filmes como "Engraçadinha" ou "Bonitinha mas Ordinária"? A nova geração só vai lembrar da Lucélia como Escrava Isaura. Que além de chata pacas, se vestia até o pescoço.

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