julho 27, 2012

No hay

É bem fácil acreditar me amar. Sou aparentemente quase tão frágil e pequenina com aparência de boneca de vidro. E ainda tão capaz de sobreviver e seguir em frente, depois de cada empurrão que o escritor desta história me destina, não me dando demasiada importância perto de tudo que há ao meu redor ou fazendo papel de vitimada. Como ver esse pequeno ser manhoso e tão abusado da força sem se admirar? Vez ou outra, dá para confundir as coisas, as bolas e os sentimentos todos.
É... é fácil acreditar neste amor. Mas ele não existe. É um misto de afeto paternal com admiração que se mantém ali, no limiar do amor eterno que nunca chega.
Da mesma forma, dali há um pouquinho, dá para descobrir o quanto é fácil me substituir e me transformar em memória de um momento bom, curto e necessário.
Viro história, daquelas importantes. Daquelas que lembramos com carinho. Daquelas que mudam nossa vida e nosso olhar.
Viro aprendizado.
Viro carinho.




Mas não viro amor.
E não leva muito tempo para descobrir essa confusão.



E no fim das contas eu fico aqui. Caminhei, acompanhei, impulsionei, ensinei, mudei. Mas continuo só.
Na espera de um amor que não existe.

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