Agora acabou. E eu fiquei esperando o que acontece depois, como quem assiste aos créditos finais. Com um silencio crescendo ao meu redor e a perfeita sensação de nada estava acontecendo.
Até perceber que tenho que começar a escrever para que haja história a ser contada.
Silêncio mais uma vez.
Então olho para a janela...
Provavelmente ainda na esperaça de que haja algo depois do fim, mas não há.
Não há gente, não há som, nem nada para acontecer sem que eu tenha de tomar o primeiro passo.
Mas há chuva.
Então vou começar por aí. Abrir a janela e sentir a chuva. Deixar ela lavar e levar de mim tudo isso que não existe, e trazer nem que seja o frio.
Com licença, vou lá escrever uma história.
Poesia:
Mas há a vida
(Clarice Lispector)
Mas há a vida
que é para ser
intensamente vivida,
há o amor.
Que tem que ser vivido
até a última gota.
Sem nenhum medo.
Não mata.
Um comentário:
Gostei do texto! Me lembrou um que li uma vez do Carlos Drummond (outro gênio como a Clarice), mas que agora não lembro o nome :(
Feliz 2012!
Beijo, beijo :*
Postar um comentário