junho 14, 2008

Filosofias

(no Weblogger - o falecido - sábado, 14 de junho de 2008)

My Diary:

Essa vida moribunda e orkutiana, além de nos fazer sentir inúteis e dependentes de internet, faz com que nós paremos para filosofar a cerca de questões absurdas, ou pelo menos, desnecessárias.
Aí me deparo com aquela perguntinha que vem no profile: "Primeiro encontro ideal".
O primeiro fato que me incomoda sobre essa parte da descrição internetiana da nossa vida, é a incapacidade que as pessoas têm de interpretar esta questão.
Oras! O Orkut não está querendo saber se você já teve um encontro ideal, como acaba sendo a resposta de todo mundo. Mas sim, o que você considera ideal como primeiro encontro.
A segunda coisa que me intriga, é como respondê-la. Simplesmente porque a nossa cultura brasileira/atirada/carnavalesca/luxuriosa não faz com que tenhamos muitos "encontros", mas que tenhamos muitas "saídas" onde possivelmente vamos encontrar alguém interessante/bonito para nos levar à lascívia depois de uma hora de conversa (no máximo). Aí, se esses dois se encontrarem de novo, já não será um primeiro encontro. Tampouco terá peso de encontro...
Agora, no caso de REALMENTE haver um encontro, como seria o primeiro encontro ideal?
Afinal... Como algo pode ser ideal?
Como se faz para que algo seja perfeito?
Nesta parte daremos milhares de concepções de perfeição e utopias sobre a vida. Falaremos sobre muitas coisas que desejaríamos e que facilmente poderia se transformar numa novela, ou num livro de Érico Veríssimo.
Mas no fim das contas, quando acharmos aquele encontro que pareceu ideal, que nunca esqueceremos, veremos que nada houve de toda aquela idealização inicial.
Confuso, né?
À meu ver... O ideal é aquele que deixa com vontade de bis...

Bom fim de semana.



Poesia da Semana:

No elevador do filho de Deus
(Elisa Lucinda)

A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida
Que eu já tô ficando craque em ressurreição.
Bobeou eu tô morrendo
Na minha extrema pulsão
Na minha extrema-unção
Na minha extrema menção de acordar viva todo dia
Há dores que sinceramente eu não resolvo, sinceramente sucumbo
Há nós que não dissolvo e me torno moribundo de doer daquele corte do haver sangramento e forte
que vem no mesmo malote das coisas queridas
Vem dentro dos amores>
dentro das perdas de coisas antes possuídas, dentro das alegrias havidas
(...)

2 comentários:

J. disse...

Haha! Booicotes \o/ Weblogger não está¡ com nada, e eu perdi tempo defendendo aquela cooisa! Enfim, é bom fazer um blog novo. Dar aqueeela repaginada etc etc. Pensei num domínio zip.net mas estava com a maior preguiça de upar meu arquivo de weblogger e meu endereço já¡ exisita, looogo, blogspot mesmo e serei feliz. Beeijoboasorte!:*

MaH disse...

olá, adorei seu blog e o jeito como escreve! sobre o post: o ideal sempre assusta um pouco pois tem a tendencia a ser ilusão, e essas peruntas e orkut me irritam! hahaha mas concordo com vc! PS.: Tb sai do webloger bjos