junho 08, 2008

Voltando do hiatus...

(no Weblogger - o falecido - domingo, 8 de junho de 2008)

My Diary:

Não acredito em mudanças repentinas.
Mudanças sempre existem, mas não acontecem da noite para o dia. Mudanças acontecem de forma gradual.
Quem muda repentinamente só pode estar tentando aparecer para alguém, ou finalmente revelando sua real personalidade que vivia oculta num falso moralismo, ou em uma outra falsa personalidade que existia sei lá para quê.
Não entendo a dificuldade que as pessoas têm de serem autênticas.
Por que é que todos devem seguir as massas e estar sempre tentando mostrar alguma coisa para alguém. Por que é que tanta gente usa máscaras?
Fingir ser alguém igual a todo mundo;
Fingir ser alguém que é diferente;
Fingir ser um super moralista porque não tem coragem de assumir que é o oposto;
Fingir ser um moderninho liberal porque não tem coragem de assumir que é moralista;
Fingir ser culto;
Fingir ser ignorante;
Fingir que finge...
Peraí! Somos todos particulares... Temos DNAs diferentes, cores diferentes, doenças diferentes, pensamentos diferentes...
E invariavelmente, todos apreciam o diferente.
Discorda? Pense bem...
É uma realidade. Alguns fingem que desaprovam o diferente... Mas na verdade, sempre são atraídos por ele.
E normalmente, quem finge desaprovar o diferente, é aquele que é igual. E veja bem, que eu não estou contestando o igual... Ser igual também é personalidade... Mas quando esse igual é autentico, não quando ele tenta agradar para se misturar à massas.

Todo mundo gosta de conhecer lugares diferentes, para ver paisagens diferentes e culturas diferentes.
Nossa sociedade, na verdade verdadeira, aprecia o singular. Só não tem coragem de assumir isso.

Vamos lá!
Viva a autenticidade!

Desculpem o abandono do blog...
Sei sei... Estou fora há muito tempo...
Mas também, estava meio sem estímulo.



Humor da Semana:

O que as mulheres fazem quando vão ao banheiro.
Dos seus namorados.
(Tati Bernardi)

Ter camisinha na gaveta é normal, afinal, ele tinha uma vida antes de me conhecer. São oito camisinhas ao todo, se até a próxima sexta continuarem sendo oito, é porque ele não usou nenhuma com outra mulher. Comigo não precisa porque fizemos os exames e eu estou tomando pílula. Pelo no barbeador é normal, anormal seria um barbeador limpo, porque quem limpa gilete é mulher, depois de emprestar sem o namorado saber para deixar o desenho da piriquita bonitinho antes de ir para o quarto. Bom, se a gilete está suja, nenhuma piriquita designer passou por aqui.
Na portinha do espelho não tem espaço para outra escova de dente, o que significa que há muito tempo ele não divide tamanha intimidade com alguém, ou não sabe dividir espaço. Isso é bom ou ruim? Bom, de qualquer forma, eu estou aqui para mudá-lo. E vou comprar um porta-escovas que caibam duas escovas. Aliás, vou comprar uma escova nova para ele, essa aqui tá muito velha. Quantas vezes será que ele já escovou os dentes neste escova depois de transar com outra mulher? Eu odeio essa escova.
Clarice sente a primeira pontada no intestino: o melhor laxante do mundo era vasculhar o banheiro do namorado.
O misto de medo de ser descoberta com medo de descobrir alguma coisa lhe dava cólicas horríveis, o que não era um grande problema já que ela estava no lugar certo para isso.
Enquanto senta no vaso, Clarice aproveita para levantar a tampinha da lixeira, espiar embaixo do carpete e olhar calmamente para os cremes de cabelo no chão do box do chuveiro.
Cremes para cabelo? Mas o seu namorado da semana era quase careca, para que aqueles cremes?
Ué, ela pensa lendo o rótulo do creme e disposta a atirá-lo na parede em poucos minutos: o que o danado faz com creme para amansar os cachos se ele não tem o equivalente na cabeça nem para uma franja?
Clarice parte diretamente para o ralo, este velho amigo das mulheres. Se o ralo tiver um cabelo que precise ser amansado, é ela que vai precisar de remédio para se amansar.
Não, sem chances. De quatro espiando aquele ralo era muita humilhação. Clarice respira fundo, fecha os olhos, conta até três e busca o telefone.
Fernanda atende do outro lado e depois de chamar a amiga de louca, neurótica e mandá-la "sair desta vida", confessa que já fuçou no cesto de roupas sujas de um ex namorado, e para a sua surpresa: achou uma calcinha.
Silêncio no telefone.
Clarice, com o coração e um princípio de vômito na boca, só consegue gemer e desejar desligar o telefone o mais rápido possível, para poder voltar à busca.
Aonde será que fica o cesto de roupas sujas deste sem vergonha?
Espera, deixa eu concluir a história. Sabe de quem era a calcinha?
Da empregada, da secretária, da estagiária, da Gisele, dele mesmo?
Da mãe dele. A mãe dele era coroa cocota filha, usava umas calcinhas mais sexys do que as minhas!
E você não ficou com ciúmes?
Da mãe dele. Ok, desligue este telefone agora e procure ajuda psiquiátrica.
E foi exatamente o que ela fez. Desligou o telefone e ligou para sua amiga Ane, que sempre filosofava tanto em cima de suas psicoses que fazia Clarice se sentir importante por ser maluca.
Sim, claro que é normal você estar neste exato momento vomitando o café da manhã, com piriri e dor de cabeça porque ele tem um creme para cabelos cacheados no boxe do banheiro.
Anormal é você ter se esquecido que ele mora com a filha, que tem longos cabelos cacheados, não?

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