março 22, 2008

Subitamente

(no Weblogger - o falecido - sábado, 22 de março de 2008)

My Diary:

Viver por nada, ou morrer por algo.
Vou viver seguindo meus princípios. Independente do quão difícil isso me possa parecer.
Será uma luta e uma briga constante. Será como enfrentar a savana todos os dias, mas, pelo menos, se tudo der errado algum dia, poderei dizer, com a consciência limpa, de que nada foi culpa minha, e que de repente, tudo estaria pior se eu tivesse deixado meus princípios para trás e me juntado à destruição.
Sei que assim vivendo, corro riscos.
Mas prefiro morrer por um ideal.
Quem sabe viro mártir!



Humor da semana:

Que mico, mãe!
(Thalita Rebouças)

- Se for a Lisa leva o telefone no banheiro. Mas só se for a Lisa, mãe! Se for o Ricardinho, POR FAVOR, PELAMORDEDEUS, fala que eu estou no banho, na academia, na acupuntura, no shopping, na dança do ventre, mas em hipótese alguma diga ou insinue o que eu estou realmente fazendo, tá? Entendeu?

Quando eu estou de trelelê com algum menino, principalmente em começo de trelelê, todo cuidado é pouco com a minha mãe. Ela tem mania de puxar conversa com todo mundo que me liga. Lembro bem uma vez quando ela atendeu o telefone, eu estava no banheiro botando minha leitura em dia, folheando a Caras tranqüilamente, e quase me enfiei privada adentro rumo ao Japão ao ouvi-la dizer para meu namorado de duas semanas (duas semanas!):

- Ih, Dudu, sabe onde a Isabela está? No trono! Há um tempão! Já avisei que qualquer dia vai aparecer com hemorróida! Ela senta na privada e esquece da vida, Dudu! É impressionante! Nunca sei se ela tá com dor de barriga ou se ela tá lendo. E você, Dudu? Também tem problema de prisão de ventre? Tem um supositório que é uma maravilha...

Essa é minha mãe. Como a gente sofre com mãe, né? Elas são, sem dúvida, tudo de bom na nossa vida, sem elas não estaríamos aqui, e coisa e tal, mas chega uma hora que o inevitável é constatado: depois que a gente faz 12 anos, ir ao cinema com elas, comprar roupa com elas, estar em lugares públicos com elas, as coisas que a gente fazia até ontem na maior naturalidade viram o maior mico do mundo. E quando mãe pega a gente na escola? Uuui.
Já pedi 375 vezes para ela ficar na rua de trás, mas ela ignora e fica bem na porta do colégio, pisca-pisca ligado, buzina apertada, Roberto Carlos nas alturas. Eu faço o possível para virar uma formiga e passar despercebida até o carro. Mas pensa que ela deixa? Aos urros, aos berros, ela anuncia sua mais nova aquisição:

- Isabelinha, u-hu! Achei aquele creme importado para espinha que você vivia me pedindo! Uma fortuna, mas acho que agora essas pipocas horrendas abandonam de vez a sua cara, filhota. Na força, na fé, upalêlêê!".

Upalelê!???? Ninguém merece! Mãezinhas, nós amamos vocês, muito mesmo, mas, acreditem, a pior coisa para a gente é ver vocês nos tratarem em público exatamente como vocês faziam 10 anos atrás. Mas depois a gente cresce, muda tudo, e voltamos a ser amigas tipo unha e cutícula, tá? Prometo.

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