julho 06, 2008

Bem sei que não queres voltar

My Diary:

Post este que já não condiz com meu atual estado de espírito nem com a vontade de escrever. Mas já estava pronto, e o Webloger estava fora do ar. Não podia deixar de postá-lo. E por isso, veio tão fora do dia!

Só não dói mais, porque não me deixo fazer doer, porque neste exato momento, estou com uma ância inigualável de te ver...
E esta música, esta lua e esta cachaça só pioram.
Mas apesar desta dor, te perdôo tudo.
Te perdôo teres me enganado. Embora não seja tão ingênua para ser enganada. Te perdôo então, teres tentado me enganar.
Te perdôo também, por me ter escondido certas coisas. Mas isso não te deixa na obrigação de pedir perdão. Só deves pedir perdão se de fato te arrependeres.
Te perdôo ainda, mas desta vez com certa dificuldade, por teres alguém a quem amar. Não por tê-la, mas por mantê-la às escondidas. Por me teres feito de amante, sem que eu sequer tivesse esta escolha. Sem que eu sequer tivesse consciência disto.
E mais uma vez, isto não te obriga a pedir perdão. Aliás, prefiro que não peças, pois sei que quanto a isto não te arrependes.
Todos sempre buscam verdades.
Mas às vezes, verdades magoam muito.
Ainda assim, eu prefiro as verdades. Mentiras às vezes magoam muito mais.
Não minta pra mim. Principalmente agora que me tens nua e desarmada.
Podes ver, olha bem pra cá: Não tenho como me defender.
Tenho o coração na mão, porque ele não está cabendo no peito agora.
Mas não tenho lágrimas nos olhos. Não por insensibilidade, mas porque não as possuo.
Pelo menos não para ti. Não há de ser tu, quem irá me ver chorar.
Muito embora, a vontade seja enorme.

De repente, mas só de repente, se eu fosse menos introspectiva, alguma coisa ainda estaria funcionando.
Não tentes me adivinhar. Não sabes nada da minha vida. Não sabes do quanto de medo que guardo de qualquer coisa. De tudo o que me parece novo. até do que me parece bom.
Às vezes odeio ter este confessionário, me obriga a confessar meus sentimentos mais inconfessáveis. E me faz ficar dependente disto.
E o pior, é que pode ser lido. Por qualquer um. Até mesmo por ti. E isso piora bastante as coisas. Porque é sempre à quem é mais relevante, que eu escondo tudo sobre mim.
Mas sinceramente, já não me preocupa quem está lendo.
Foi escrito, é para ser lido.
E não venha. Não sou adulta o suficiente, nem madura o suficiente para te ver e só te abraçar. Para te abraçar e fingir que isso me sacia. Sentir teu perfume e fingir que não gosto e que não me traz nenhuma sensação. Não posso ser tua amiga, só porque não posso deixar de sentir saudades da tua pele. Pelo menos, por agora, não me obrigue a ser imparcial, porque somente a sua voz me pedindo isso, já seria o suficiente para que eu não o fosse.

Ai... e essa música só piora tudo. Preciso de uma cachaça. De repente ela apaga esta minha vontade de ti. E me faz até te esquecer. De repente, mas não mais que de repente... Ela me faz até ser menos intensa na vida.



Poesia da Semana:
Perfeita para uma balzaquiana de 19 anos...

As rosas não falam
(Cartola)

Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão enfim

Volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar para mim

Queixo-me às rosas, mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti

Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E, quem sabe, sonhavas meus sonhos
por fim

Um comentário:

Anna Gabriela disse...

Já atualizei o link do teu blog, lá no meu. Vc escreve muito bem!! Um grande abraço! Obs.: Estamos aguardando o teu retorno ao Metaphora, hein?!