novembro 17, 2007

Confusa??

(no Weblogger - o falecido - sábado, 17 de novembro de 2007)

My diary:

Am I fine?! Nope!
Muitos conflitos internos nessa minha vidinha…
E tudo isso que se passa na minha mente, toda essa confusão, eu só posso esperar que passe, porque de fato, não vale a pena me entregar e deixar para traz todo o amor que conquistei.
O que dói, é que seus olhos me perseguem todas as noites, e já sinto até seu perfume sem nem perceber...
Ok ok, mas o perfume um dia há de acabar, e minha vida vai voltar à monotonia de sempre. Ou pelo menos, assim espero!



Humor da Semana:

Deus, o engenheiro do Universo
(Henrique Szklo)

Se existe uma faculdade universal, então, com toda a certeza, Deus se formou em engenharia. Não é designer, arquiteto, diretor de arte, personal stylistic, nada disso. Uma vez ou outra Ele até que acertou, tudo bem, mas, no geral, sempre preferiu a função à forma. Isso me lembra até aqueles celulares da Ericsson, excelentes, de alta tecnologia, mas com o design de um tijolo. Ou mesmo os antigos carros da Volvo. Duráveis, confiáveis, seguros, mas perdiam em design até para caixinha de fósforo. Nada contra os engenheiros. O fato é que cada um tem sua função na vida. A maioria dos produtos bem-sucedidos tiveram engenheiros criando sua função e designers cuidando de sua forma. Deus, como o Gurgel (aquele que fabricou automóveis no Brasil) é metido a onipotente, onipresente e outros entes, acha design uma frescura. E deve ser mão-de-vaca também. Ao invés de contratar alguém do ramo, que custa caro, obviamente, preferiu cuidar pessoalmente do negócio. E deu no que deu. Veja o nosso corpo, por exemplo: uma claríssima demonstração do que eu estou querendo explicar. O corpo humano é a maior representação do equívoco criativo do Senhor. Mas aqui cabe uma pergunta: nós somos resultado de seu pragmatismo, de sua incompetência, falta absoluta de critério ou simplesmente do seu mau-gosto? Não, porque a cada pequena parte de nossa estrutura posso enxergar uma total incapacidade de aliar o prático ao belo.Veja alguns exemplos:

NARIZ
De cara a gente vê que deve ser algum tipo brincadeira ou sacanagem mesmo. Tudo bem que a gente precisa de um equipamento eficiente para respirar, mas existe coisa mais feia e desproporcional que um nariz saindo pelo meio da cara? Michael Jackson que o diga.

ORELHAS
Tecnicamente é perfeito. Uma espécie de concha acústica que capta os sons do ambiente. Do ponto de vista estético, uma calamidade! Deve ter sido uma das últimas coisa que Ele fez, o toque final. Já não estava mais com saco, na alta madrugada, com sono, e moldou o troço de qualquer jeito. “Ah, fica assim mesmo!”, deve ter pensado com seus botões celestiais. Talvez por isso é que nossas orelhas se pareçam com um par de esfihas mal-ajambradas. Só pode ser.

OLHOS
A janela da alma. Mas êta janelinha pequena essa, não? Se a gente olha pra frente, não vê nada atrás e vice-versa. São duas, mas olham sempre pro mesmo lado (salvo no caso dos vesgos). Se o Criador tivesse parado para pensar um pouco mais teria imaginado um sistema de câmeras que nos proporcionasse uma visão ampla e completa a toda nossa volta. Seriamos todos uns big brothers ambulantes.

PEITOS
Principalmente no caso das mulheres, Ele abusou do improviso. Precisava de um reservatório para o leite que amamentaria os bebês. Como já não cabia mais nada para dentro do corpo e Ele ficou com preguiça de redesenhar tudo, resolveu colocar os tanques de combustível maternos do lado de fora. E que ainda ficam pendurados, balançando sem parar e na velhice despencam. Ora, tenha santa paciência.

MÃOS
Aqui Deus pecou pelo excesso. Pra quê tanto dedo? Poderíamos viver perfeitamente com muito menos dedos. Veja o Lula, por exemplo: tem apenas 9 e chegou à Presidência da República.

BARRIGA
Se Ele não tivesse feito nossa barriga de um material tão flexível, a gente não sofreria tanto com a obesidade. Mas o que aconteceu? Bem, é óbvio. Quis usar o mesmo material em homens e mulheres para baratear os custos. A mulher precisa da flexibilidade em sua barriga para quando fica grávida. O homem não precisa, mas como o material é o mesmo, qualquer cervejinha é a sua desgraça.

ÓRGÃOS INTERNOS
Aqui podemos dizer que Ele varreu a sujeira pra baixo do tapete. Pegou os órgãos, suas ligações e instalações, jogou tudo pra dentro e tampou com carne e pele. A confusão, o feio, o mal-cheiro, tudo ficou escondido dentro da nossa carcaça. Quem olha de fora nem percebe o caos que nós somos por dentro.

BUNDA
Dá vontade até de rir. A nossa bunda é uma excrescência em matéria de design, para usar um termo que vem bem a propósito. Ou seria melhor dizer que é um design bunda. E o pior: o projeto é tão mal feito que às vezes os elementos se trocam e se confundem. Quantas pessoas você não conhece que têm cara de bunda?

ÓRGÃOS SEXUAIS
No caso masculino, a lógica foi a mesma dos peitos femininos: acabou o espaço e Ele precisou colocar o equipamento para o lado de fora. Por pura preguiça de redesenhar algumas partes do nosso corpo. Aí surgiu o problema: é preciso desenvolver um sistema que faça o equipamento escamoteável. Se ficar o tempo no tamanho ideal para a copulação, vai correr diversos riscos, como, por exemplo, enroscar numa linha de pipa com cerol. É o que dá. Quando você desenvolve um produto nas coxas, vai tendo que criar mais e mais correções para tapar os buracos do projeto.

“Pronto”, disse Ele, “terminei minha obra”. Todo feliz e pimpão ele já ia começar a produção em escala quando se lembrou de uma coisa: “como é que esse troço vai descarregar seus detritos?”. No caso dos detritos sólidos Ele resolveu logo: dividiu a bunda em duas partes e fez um furo no meio, pra ficar bem escondidinho. Mas quando precisou descobrir como resolver a vazão de detritos líquidos, o bicho pegou. Começou furando a barriga, fazendo ligação direta com a bexiga. Ainda bem que ele desistiu desta idéia, senão hoje teríamos todos que fazer xixi deitados de bruços na privada. Mesmo desistindo desta idéia, Ele deixou o furo, por puro descaso. Depois pensou em usar o mesmo encanamento dos sólidos, mas viu que o resultado seria uma meleca total. Pensou, pensou, pensou e concluiu que já tinha gasto muito tempo num projeto tão medíocre e que não valia a pena despender mais grandes esforços. E colocou a descarga de líquidos onde está até hoje. “Pro que é, tá muito bom!”. E foi dormir com a sensação de missão cumprida.

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