Eu descobri que também não sabia realmente o sentido da saudade. Até observar que você, invisível e perdido na história, está inacreditavelmente frequente no meu cotidiano. O que deveria ser palavra que escapa dos lábios vez ou outra é, na verdade, presença quase física. Você é agora. O tempo todo.
(Como é possível que você ainda esteja aqui?)
Eu também pensei que conhecia sua significância. Mas recentemente sua distância ficou tão intensa que me peguei procurando e inventando artimanhas para te trazer de volta e te guardar aqui.
Foi então percebi que você escreveu seu nome no assento que deixou vazio quando se levantou da minha mesa e garantiu que ninguém mais ocuparia o seu lugar.
Agora não sei mais sorrir seu nome no passado: você virou saudade.
E tudo o que soube fazer nestes últimos dias, quando olhei pra minha vida sem você, foi imaginar como vai ser contigo por perto de novo. E esperar que você esteja por perto de novo.
Da sua mente fascinante - e da sua capacidade de observar e saber quase tudo - escapou a percepção, tão simples, da escala do meu afeto.
Eu te amo desmedidamente.
Mas a mim mesma isso também escapou.
A gente acha que sabe o que é amor. Até ver que depois de tantos anos, aquele vão que alguém deixou aberto quando saiu ainda faz barulho e traz frio quando o vento sopra.
(Em tempo: estudos indicam que o queijo surgiu há 3.400 anos atrás, lá no antigo Egito. Se a lua tem 4,6 milhões de anos, COMO DIABOS ELA PODE SER FEITA DE QUEIJO?!)
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