março 01, 2016

Bruxas, Magos e unicórnios

Chuva forte, corredeiras e vento frio finalmente - em tanto tempo.
Escolhe e encolhe os passos e o corpo. Não escapa d'água: virou ilha.
Se funde à cidade crepúsculo, entupida, molhada. Espera.
A estrada se alimenta de minutos, encurta as horas enquanto se estica ao horizonte.
Não distrai a graça. Beleza tem cor de mar e mar é tudo em volta.
Chuva forte, corredeiras, corpo úmido.
Coragem. Desistência...
Observa as tentativas daqueles que insistem em enfrentar a tormenta do céu.
Faz mais graça, porque a vida é riso.
Cumprimenta, respira fundo. Despedida. Toma prumo.
Segue rumo.
Cidade quase hostil.
Mas de pés molhados, foge (ou chega): refúgio com amargor de prensa italiana, mascavo e canela.
Com som abafado de chuva lá fora. Calor e calma.
E o gozo se intromete na noite.
Tem mesmo sorriso nessa cidade.

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