dezembro 13, 2015

Doçura

Eu não me lembro da sua voz nem da sua estatura. Já tinha esquecido quase tudo sobre você. Eu não me lembro mais do dia do seu aniversário, ou em qual mês você partiu, apesar de lembrar daquele dia com detalhes.
Você não faz parte do meu cotidiano há muito tempo. Nem está presente nas minhas lamentações, porque foi simplesmente sumindo da minha memória, um pouquinho cada dia, de forma quase homeopática...
Acontece que eu não sabia, mas sua despedida ainda dói.
Lembrar como você foi embora, apesar de todo o tempo que passou, ainda causa uma angústia que quase se manifesta em lágrimas - só quase - e deixa um monte de interrogações. Antigas e novas.
Obrigada por ainda fazer falta. E por não me deixar esquecer que o que há de doce em mim é você.

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